Imagine um jogo com créditos tão longos que superam até a trilogia de O Senhor dos Anéis. Isso é Assassin’s Creed Shadows, que, lançado em 20 de março de 2025, alcançou um feito inédito: 2 horas e 6 minutos de créditos finais. Esse recorde histórico não é só um número – é um reflexo do gigantismo da indústria dos games.
Mas o que torna esses créditos tão especiais? Milhares de profissionais, de artistas a programadores, trabalharam no Japão feudal desse título da Ubisoft. E enquanto os fãs celebram o sucesso do jogo, que já ultrapassou 2 milhões de jogadores, o tempo de rolagem dos nomes levanta uma questão: o que isso diz sobre o futuro dos games?
Vamos explorar esse marco de Assassin’s Creed Shadows, desde os bastidores da produção até o impacto cultural e técnico. Prepare-se pra entender por que esse jogo está reescrevendo a história – e não só por sua jogabilidade épica!
Um Recorde que Deixa o Cinema pra Trás
O lançamento de Assassin’s Creed Shadows trouxe mais que um mundo aberto impressionante. Seus créditos finais, com 126 minutos, superaram qualquer jogo ou filme já feito. Pra comparar, os três filmes de O Senhor dos Anéis juntos não chegam nem perto desse tempo.
No cinema, Homem de Ferro 3 detém o recorde de nomes listados, com 3.708, mas seus créditos duram cerca de 10 minutos. Já a versão estendida de A Sociedade do Anel tem 27 minutos de agradecimentos – ainda assim, uma fração do que a Ubisoft entregou.
Esse feito não passou despercebido. No X, o perfil @StutteringCraig compartilhou um vídeo dos créditos, exclamando: “Mais de DUAS HORAS!”. É um marco que reflete o tamanho da equipe por trás de Assassin’s Creed Shadows.
Por que os Créditos São Tão Longos?
A duração dos créditos de Assassin’s Creed Shadows não é só um capricho. Ela reflete o esforço de milhares de profissionais em um projeto global. Estima-se que o número de nomes supere os 4 mil, embora a Ubisoft não tenha divulgado a contagem exata.
O jogo, ambientado no Japão feudal, exigiu artistas pra recriar Quioto e Iga, animadores pra dar vida a Yasuke e Naoe, e engenheiros pra otimizar o desempenho no PS5 e Steam. Cada detalhe, das cerejeiras em flor às mecânicas de combate, envolveu equipes de várias partes do mundo.
Comparado a outros jogos, como Red Dead Redemption 2 (25 minutos) e The Witcher 3 (13 minutos), Assassin’s Creed Shadows estabelece um novo padrão. É o preço da ambição em criar um open world Japão tão vasto e detalhado.
O Sucesso Além dos Créditos
Enquanto os créditos impressionam, o sucesso de Assassin’s Creed Shadows vai além. Em 48 horas, o jogo alcançou 2 milhões de jogadores, superando Origins e Odyssey, segundo a Drops de Jogos. No Steam, atingiu um pico de 60 mil jogadores simultâneos.
A recepção também é positiva. Com nota 83 no Metacritic e 79% de aprovação no Steam, o jogo é elogiado pelo gameplay PS5 e pela ambientação. A escolha de lançar no Steam desde o primeiro dia, ao contrário de Star Wars Outlaws, foi um acerto da Ubisoft.
Esse desempenho mostra que o recorde dos créditos é só a cereja do bolo. Assassin’s Creed Shadows está consolidando a franquia como um gigante em 2025.
Um Reflexo da Indústria dos Games
Os 126 minutos de créditos de Assassin’s Creed Shadows dizem muito sobre a evolução dos videogames. Diferente do cinema, que condensa mundos em 2-3 horas, jogos como esse oferecem dezenas – ou centenas – de horas de conteúdo.
Essa escala exige equipes enormes. Enquanto O Retorno do Rei precisou de cerca de 3 mil pessoas pra seus efeitos visuais, um jogo como Assassin’s Creed Shadows envolve programadores, testadores, tradutores e mais. É um esforço colaborativo global.
Porém, há críticas. Durante os créditos, não há interação – apenas nomes rolando. Alguns jogadores sugerem que a Ubisoft poderia ter incluído um minijogo ou cenas extras pra tornar a espera mais dinâmica.
Polêmicas e Representação Cultural
O sucesso de Assassin’s Creed Shadows não veio sem controvérsias. A escolha de Yasuke, um samurai negro, como protagonista gerou debates no Japão feudal virtual. Alguns criticam a precisão histórica, enquanto outros elogiam a diversidade.
A Ubisoft defendeu a decisão, chamando o jogo de “interpretação artística”. Apesar das polêmicas no Japão, o impacto foi mínimo: o jogo continua atraindo milhões, provando que o apelo do gameplay supera as discussões.
Esse equilíbrio entre história e criatividade é parte do que torna Assassin’s Creed Shadows único – e seus créditos refletem o esforço pra alcançar essa visão.
O Impacto Técnico e Cultural
Tecnicamente, Assassin’s Creed Shadows é um colosso. O open world Japão impressiona com mudanças climáticas, estações do ano e detalhes como cerejeiras em flor. No PS5, o jogo roda suavemente, enquanto no Steam já é um dos mais jogados de 2025.
Culturalmente, os créditos destacam a valorização dos profissionais dos games. Num setor muitas vezes criticado por crunch, listar cada nome é um reconhecimento – ainda que os 126 minutos possam parecer exagerados pra alguns.
Esse marco também inspira comparações. Será que outros estúdios seguirão o exemplo da Ubisoft, criando créditos ainda mais longos pra refletir suas equipes?
O Futuro Após o Recorde
Com 2 milhões de jogadores em 48 horas, Assassin’s Creed Shadows está só começando. A expansão As Garras de Awaji, prevista pra 2025, promete mais 10 horas de conteúdo no Japão feudal, com novas regiões e armas.
No Steam, o pico de 60 mil jogadores simultâneos já rivaliza com Odyssey (62 mil), e o fim de semana deve trazer números ainda maiores. A Ubisoft aposta que o jogo pode superar os 10 milhões de cópias vendidas de seus antecessores.
O recorde dos créditos é um símbolo: Assassin’s Creed Shadows não é só um jogo, mas um testemunho da escala e ambição dos games modernos.