Imagine um mundo onde o ar que respiramos simplesmente desaparece. Parece ficção científica, mas cientistas da NASA e da Toho University, no Japão, afirmam que isso é o destino da Terra – e eles têm uma data: daqui a 1 bilhão de anos. Em 2025, essa previsão está causando arrepios, mas também fascínio. O que levará o oxigênio a sumir? Como isso afetará a vida? E o que podemos aprender com esse futuro distante? Prepare-se para uma jornada científica que mistura mistério, cosmos e o destino do nosso planeta.
A Previsão Chocante
Pesquisadores da Toho University e da NASA publicaram um estudo na Nature Geoscience que projeta o fim do oxigênio na Terra em aproximadamente 1 bilhão de anos. A estimativa vem de simulações avançadas que analisam o comportamento do Sol, os processos biológicos e as mudanças climáticas no planeta. O resultado? Um cenário onde a fotossíntese colapsa, as plantas morrem e o oxigênio, essencial para a vida como a conhecemos, desaparece. Mas o que está por trás disso?
O Sol, nossa estrela, é o grande vilão dessa história. À medida que envelhece, ele fica mais quente, liberando mais energia. Isso reduz os níveis de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, essencial para as plantas realizarem a fotossíntese. Sem CO₂, sem oxigênio. Parece distante, mas os sinais desse processo já estão em curso.
O Papel do Sol no Fim do Oxigênio
O Sol não é estático. Em 1 bilhão de anos, ele estará 10% mais quente, segundo a NASA. Esse aumento de temperatura vai acelerar a decomposição do CO₂ na atmosfera, que absorverá o calor e se quebrará. A camada de ozônio, que protege a vida dos raios ultravioleta, também será destruída. Sem ela, as plantas – principais produtoras de oxigênio – não sobreviverão.
As simulações mostram que, em 10 mil anos a partir do início desse processo, o CO₂ alcançará níveis tão baixos que a vida vegetal será extinta. Sem plantas, o oxigênio não será reposto, e a atmosfera se tornará irrespirável para humanos, animais e até organismos marinhos. Apenas algumas bactérias anaeróbicas, que não dependem de oxigênio, poderão sobreviver.
O Passado da Terra: Um Planeta Sem Oxigênio
A Terra nem sempre teve oxigênio. Há 3,8 bilhões de anos, quando a superfície esfriou o suficiente para formar continentes, a atmosfera era uma mistura tóxica de metano e amônia. A vida, na forma de micróbios primitivos, sobrevivia sem oxigênio. Foi só há 2,4 bilhões de anos, durante o Grande Evento de Oxidação, que cianobactérias começaram a produzir oxigênio via fotossíntese, transformando o planeta.
Esse evento foi uma catástrofe para as formas de vida da época, que não suportavam o oxigênio – ele era um veneno. Hoje, ironicamente, o futuro espelha o passado: a Terra voltará a ser um mundo dominado por bactérias anaeróbicas, com humanos e animais fora da equação.
O Processo de Extinção: Um Fim Lento e Gradual
O fim do oxigênio não será repentino. Um estudo da Astrobiology (2022) detalha que o processo será lento, começando com a morte das florestas. Sem CO₂, as plantas sofrerão com o excesso de luz solar, criando desertos de galhos secos. Os oceanos resistirão mais, sustentando a fotossíntese por um tempo, mas acabarão evaporando em um estado de “estufa úmida” – um efeito climático fatal.
A vida animal, dependente de oxigênio, desaparecerá rapidamente. Humanos, se ainda existirem, terão que sobreviver mil vezes mais que os 300 mil anos que já passamos na Terra para testemunhar isso. Mas os impactos começarão muito antes, com mudanças climáticas extremas e colapsos ecológicos.
O Impacto na Busca por Vida Extraterrestre
Essa previsão tem implicações além da Terra. A busca por exoplanetas habitáveis depende de sinais de oxigênio, visto como um marcador de vida. Mas esse estudo sugere que planetas com oxigênio podem estar em uma fase temporária, como a Terra. Isso complica a procura por novos mundos, já que um planeta sem oxigênio hoje pode ter tido vida no passado – ou tê-la no futuro.
Lugares como as luas de Júpiter e Saturno, com oceanos subterrâneos, podem abrigar vida em condições anaeróbicas, semelhantes ao futuro da Terra. A descoberta de “oxigênio escuro” no fundo do oceano, em 2024, também reforça que a vida pode surgir sem fotossíntese, mudando as regras da astrobiologia.
Curiosidades sobre o Oxigênio e a Terra
Você sabia que a Terra é o único planeta do Sistema Solar com 20% de oxigênio na atmosfera? Em Marte, o oxigênio é apenas 0,1%, segundo a NASA. Outra curiosidade: o recorde de tempo sem oxigênio para um ser humano é de 22 minutos, alcançado por um mergulhador em 2023 – imagine um planeta inteiro assim!
O Grande Evento de Oxidação deixou marcas visíveis: faixas de ferrugem no registro geológico, como no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, Brasil. Essas rochas são pistas de como o oxigênio transformou a Terra – e de como sua ausência a transformará de novo.
Reações à Previsão em 2025
A previsão viralizou em 2025. No X, usuários expressam espanto: “1 bilhão de anos sem oxigênio? Ainda bem que não estarei aqui!” Outros ironizam: “Vou estocar oxigênio agora!” A comunidade científica, porém, vê valor na pesquisa. “Isso nos força a repensar a habitabilidade planetária”, diz a astrobióloga Lisa Kaltenegger, da Cornell University.
Enquanto isso, a descoberta inspira reflexões sobre o presente. Se o CO₂ é essencial para a fotossíntese, o que estamos fazendo ao liberá-lo em excesso hoje? A crise climática atual pode acelerar processos que, em bilhões de anos, levarão ao fim do oxigênio.
O Futuro da Humanidade e do Planeta
Será que a humanidade sobreviverá para ver esse futuro? Provavelmente não. Para isso, precisaríamos durar mais 1 bilhão de anos, enfrentando pandemias, guerras e desastres climáticos. Mesmo que sobrevivamos, a solução seria migrar para outros planetas – algo que, em 2025, ainda está na esfera da ficção científica, com distâncias interestelares impossíveis de superar.
Mas o estudo nos ensina algo: a Terra é temporária. O oxigênio que respiramos é uma fase na história cósmica. Talvez o maior legado dessa previsão seja nos lembrar de cuidar do planeta enquanto ele ainda é habitável.