O mundo católico está em luto. Com a recente morte do Papa Francisco, anunciada na semana passada, em 21 de abril de 2025, o Vaticano se prepara para um novo Conclave. Mas, em meio ao sigilo da Capela Sistina, um nome inesperado surge nos bastidores: Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos está tentando influenciar a escolha do próximo Papa? Quem ele quer no trono de São Pedro? Vamos explorar essa polêmica que une política e religião de forma surpreendente.
O Conclave e a Morte de Francisco
Papa Francisco, que liderou a Igreja Católica por 12 anos, faleceu aos 88 anos. Seu papado foi marcado por reformas progressistas, foco em justiça social e diálogos inter-religiosos. Agora, 135 cardeais eleitores, todos com menos de 80 anos, se reunirão na Capela Sistina entre 6 e 11 de maio para escolher seu sucessor. O processo é sigiloso: os cardeais fazem um juramento de silêncio e ficam isolados, sem acesso a telefones ou internet.
Para ser eleito, o novo Papa precisa de dois terços dos votos. Fumaça preta indica que não há consenso; fumaça branca anuncia o novo líder. Mas, enquanto os cardeais deliberam, uma força externa tenta se infiltrar nesse ritual sagrado: Donald Trump.
Trump e Sua Tentativa de Influência
Donald Trump, reeleito presidente dos EUA em 2024, nunca escondeu suas críticas a Francisco. O Papa, em 2016, chamou os planos de Trump para um muro na fronteira EUA-México de “não cristãos”. Em 2019, Francisco alertou contra “muros sociais” que dividem povos, uma crítica velada à política migratória de Trump. Agora, com Francisco fora do caminho, Trump vê uma oportunidade de moldar o futuro da Igreja.
Embora líderes mundiais não tenham poder direto no Conclave, Trump está articulando nos bastidores. Segundo fontes, sua administração busca um Papa que legitime sua agenda conservadora. Isso inclui apoio a políticas anti-imigração, oposição ao movimento LGBTQIA+ e uma postura firme contra o aborto. Mas como Trump planeja influenciar um processo tão fechado?
O Favorito de Trump: Cardeal Raymond Burke
O nome escolhido por Trump para o papado é o cardeal Raymond Burke, um americano ultraconservador. Burke, de 76 anos, já foi uma figura controversa no Vaticano. Em 2023, ele entrou em conflito com Francisco, que o removeu de sua residência oficial e cortou seu salário. Burke é conhecido por suas posições rígidas: ele defendeu limitar a imigração de muçulmanos e apoiou Trump em 2024, afirmando que o presidente “defendia os valores da Igreja”.
Burke também tem laços com aliados de Trump. Ele convidou Steve Bannon, ex-conselheiro do presidente, para palestrar no Vaticano. Apesar disso, Burke não é um favorito no Conclave. A maioria dos cardeais eleitores foi nomeada por Francisco, o que favorece um sucessor progressista. Será que Trump subestima o poder da tradição católica?
Outros Nomes no Conclave
Enquanto Trump aposta em Burke, outros cardeais despontam como favoritos. Peter Turkson, de Gana, é um dos mais cotados. Aos 76 anos, ele pode se tornar o primeiro Papa negro da história moderna. Turkson é progressista, com foco em pobreza e ecologia, alinhado à visão de Francisco. Outro nome é Luis Antonio Tagle, das Filipinas, conhecido por seu carisma e proximidade com os pobres.
Matteo Zuppi, da Itália, também é mencionado. Enviado por Francisco como mediador na guerra da Ucrânia, Zuppi é diplomático e progressista. Pietro Parolin, atual Secretário de Estado do Vaticano, e José Tolentino de Mendonça, de Portugal, completam a lista de possíveis sucessores. A influência de Trump será suficiente para mudar esse cenário?
O Contexto Político e Religioso
A tentativa de Trump não é isolada. Desde sua posse em janeiro de 2025, ele tem buscado expandir sua influência global. Ele já provocou polêmica ao sugerir comprar a Groenlândia e assumir o controle do Canal do Panamá. Agora, mira o Vaticano como um palco para legitimar sua agenda. Em dezembro de 2024, Trump nomeou Brian Burch, um crítico de Francisco, como embaixador dos EUA na Santa Sé, sinalizando seu interesse em moldar a Igreja.
Por outro lado, a Igreja Católica está em transformação. Francisco nomeou 108 dos 135 cardeais eleitores, muitos de regiões como África e Ásia, onde o catolicismo cresce. A Europa, que dominava os conclaves, agora tem apenas 39% dos votos. Isso aumenta as chances de um Papa não europeu, algo que pode frustrar os planos de Trump.
Reações e Críticas
A interferência de Trump não passou despercebida. Posts no X mostram preocupação entre católicos. Alguns temem que um Papa alinhado à extrema-direita reverta as reformas de Francisco, como a abertura a divorciados e o diálogo com outras religiões. Outros veem a tentativa de Trump como uma afronta à soberania da Igreja.
Há também quem questione a seriedade da influência de Trump. Um rumor satírico, publicado por Andy Borowitz, sugeriu que Trump queria escolher o novo Papa entre os apresentadores do programa Fox & Friends, da Fox News, para ter um líder “telegênico”. Embora falso, o boato reflete a percepção de que Trump busca moldar o Vaticano à sua imagem.
Curiosidades sobre o Conclave
O Conclave tem tradições únicas. Os cardeais ficam na Casa Santa Marta, isolados do mundo. As cédulas de votação são queimadas após cada rodada – com produtos químicos que produzem fumaça preta ou branca. Sete cardeais brasileiros participam, mas nenhum está entre os favoritos. Dom Raymundo Damasceno, de 88 anos, está em Roma, mas não pode votar devido à idade.
Você sabia que há uma profecia controversa ligada ao próximo Papa? A profecia de São Malaquias, do século XII, sugere que o sucessor de Francisco será o último antes do “Juízo Final”. Alguns interpretam que isso ocorreria em 2027, 442 anos após o papado de Sisto V. Será apenas uma coincidência?
O Futuro da Igreja
A escolha do próximo Papa terá impactos globais. Um líder progressista pode continuar o legado de Francisco, promovendo inclusão e sustentabilidade. Um Papa conservador, como Burke, poderia alinhar a Igreja a agendas políticas de direita, agradando Trump, mas alienando muitos fiéis. A pressão de Trump levanta questões éticas: até que ponto a política deve interferir na religião?
O Conclave será um teste para a Igreja. Resistirá às pressões externas? Ou cederá a interesses políticos? O mundo espera pela fumaça branca – e pelo nome que ela anunciará.